A Doença de Alzheimer (DA) descrita pela primeira vez em 1906 é uma doença neurodegenerativa incurável que atinge cerca de 18 milhões de pessoas no mundo. Além de ser até hoje uma fonte interessantíssima de pesquisas, a DA é caracterizada pelo declínio progressivo das funções cognitivas, acompanhado por mudanças morfológicas no cérebro.
O que mais se discute dentro da comunidade científica é sobre o diagnóstico da DA. Atualmente o diagnostico ouro é a autópsia! Sim, a forma mais eficaz de concluir a presença da doença é fazendo um corte histológico do cérebro. Dessa forma, pesquisadores tentam detectar fatores de risco da doença com alta sensibilidade e especificidade na fase pré-clinica, ou seja, antes do desenvolvimento dos danos neuronais e consequentemente dos sintomas.
As placas senis, formadas pela deposição do peptídeo beta amilóide (Aβ) e os emaranhados neurofibrilares, causados pela hiperfosforilação da proteína Tau, são as principais características fisiopatológicas da doença de Alzheimer. Essas proteínas biomarcadoras, são um grande avanço no diagnóstico da DA, já que podem ser medidas em fluidos biológicos como sangue, urina e líquor.
Marcadores como o Beta Amilóide (Ab42), Proteína tau (T-tau) e Proteína tau fosforilada (P-tau), podem ser quantificados em líquor com precisão por metodologias confiáveis como a citometria de fluxo, porém essas proteínas ainda não são suficientes para diferenciar as diversas demências.
Existem também pesquisadores empenhados na identificação dos efeitos da exposição de células periféricas mononucleares a certos compostos, que resultarão na liberação de diversas moléculas de comunicação celular que potencialmente podem funcionar como potenciais biomarcadores para diagnóstico e/ou evolução da DA.
Abaixo, deixo um vídeo bem interessante que mostra esquematicamente os estágios da DA.
Até!